Na capital sergipana, ainda na primeira década do século XX, o periódico Correio de Aracaju, de inclinação republicana, reservava uma considerável parcela de suas páginas para veicular poemas, anedotas e preceitos, indo além das tradicionais notícias. O foco de tais publicações, em muitos casos, eram as mulheres, por vezes em tom de elogio ou louvores; por outras, de ofensa, repúdio ou ridicularização. Este livro analisa quais representações — ou seja, quais imagens ou visões — eram tidas sobre as mulheres, entendendo que havia dois grandes arquétipos contemplados nos periódicos: a mulher ideal e a mulher desviante. Os por quês e para quês de tais classificações são analisados ao longo da discussão, que mais do que voltar o olhar para o passado, busca entender como tais representações se associam com o nosso presente.
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