A beleza dos ecossistemas costeiros pode levá-los à destruição. Uma praia linda atrai um grande número de pessoas e, a depender da quantidade de turistas e de seu comportamento, aquele ambiente paradisíaco pode acabar degradado pelo lixo decorrente do seu mau uso e gerenciamento, dentre inúmeros outros fatores de impacto, como cortes de árvores e derrubada das dunas. Dessa forma, aquele cenário de grande beleza começa a se transformar em algo não tão atrativo, o que vem infelizmente acontecendo em outras regiões costeiras de interesse para a construção de residências para veraneio ou permanentes, por exemplo.Este livro é resultado da inquietação de duas professoras e pesquisadoras trabalhando há vários anos nas áreas de ecologia de ecossistemas costeiros quanto a importância de o conhecimento produzido em laboratórios da universidade chegar adequadamente às salas de aula. Ao compartilhar nossos conhecimentos sobre esses ambientes, acreditamos, também, que a educação é capaz de mudar as pessoas, pela análise, reflexão e discussão sobre temas importantes para suas vidas, como o ambiente em que vivemos.A ideia inicial deste livro surgiu durante a realização da disciplina Tópicos Especiais em Ensino de Ciências,ofertada pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática (PPGECIMA) da Universidade Federal de Sergipe. Nela, investigamos a possibilidade de contextualização do ensino de ciências a partir da abordagem dos ecossistemas costeiros de Sergipe. Desse modo, poderíamos auxiliar inúmeros outros professores de Ensino Fundamental e Médio que, mesmo sem muito conhecimento,vivência e/ou condições de ir a campo, conseguiriam fazer uso didático das informações acerca desses ecossistemas, pela forma como as informações sobre eles foram organizadas e a partir das atividades propostas. Nosso objetivo é o de contribuir para que cada um dos leitores, professores ou licenciandos, possam usar nossa obra para conhecer um pouco mais sobre cada um deles, explorar e perceber possibilidades de contato, ainda que indireto, com a natureza e, dessa forma, encontrar formas alternativas de levar atemática para suas salas de aula e, com seus discentes, discutir a situação ambiental atual de sua região ou comunidade.
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