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Investimentos estruturantes e desigualdades regionais na região nordeste ,

Autoria: Luiz Carlos de Santana Ribeiro
Ano: 2017
Número de Páginas: 142
ISBN: 978-85-7822-568-1

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O objetivo deste livro é avaliar os impactos regionais de longo prazo da implantação de três refinarias de petróleo anunciadas para a região Nordeste do Brasil. Apesar das disparidades regionais brasileiras terem se reduzido nos últimos anos, o Nordeste ainda é a região mais desigual do país. Desse modo, em que medida a construção dessas três refinarias poderia contribuir para a redução das disparidades regionais? Ou ainda, será que haveria aumento das disparidades intrarregionais, uma vez que os investimentos seriam concentrados em três estados? Para responder a esses questionamentos, foi desenvolvido um modelo interregional dinâmico de Equilíbrio Geral Computável (EGC), com detalhamento microrregional para as áreas de interesse do estudo. Esse modelo, denominado B-NORIM, é constituído de 28 regiões no Nordeste e restante do Brasil e 30 setores econômicos. Optou-se pela avaliação de investimentos em refino de petróleo devido ao poder de encadeamento e ao poder de atração que este segmento tem sobre outros setores da economia. A discussão teórica deste livro está inserida no escopo da Ciência Regional, principalmente na teoria perrouxiana de Polos de Crescimento e na importância dada por Hirschman aos encadeamentos setoriais. Por outro lado, a metodologia empírica é baseada nos modelos multissetoriais de simulação em equilíbrio geral, insumo-produto e EGC. Os principais resultados das simulações dos investimentos de refinarias no NE indicam impactos positivos em todas as regiões. O impacto sobre o PIB regional, entre 2006 e 2027, traria um efeito adicional para as microrregiões de Rosário-MA, Fortaleza-CE e Suape-PE, sedes das refinarias, de 5,79%, 0,05% e 1,42%, respectivamente. No entanto, a implantação dessas três refinarias provocaria aumento das disparidades intrarregionais, dado a concentração dos benefícios nessas regiões e em regiões mais desenvolvidas. Por outro lado, no longo prazo, esses investimentos contribuiriam para a região Nordeste aumentar sua participação relativa no PIB brasileiro.

 

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